puxa, tantas coisas ocorrendo e eu deixando meu livro aberto às moscas...
gosto de lembrar dos passos que dei, do rumo que tomei e de tudo que realizei ao longo dos tempos..
tenho sentido uma alegria de quem tem buscado mais e de maneira mais real a felicidade e não de quem apenas sonha em alcançar o intangível. tenho sentido a felicidade mais nítida do que nunca, apesar de todas as dificuldades e descobertas desagradáveis que estão implícitas à tarefa de ser gente. tenho notado que posso fazer um mundo melhor a partir das escolhas que tomo e do que faço a cada dia. tudo é influenciado pelo que fazemos e sou grata por hoje saber disso melhor do que sabia ontem. tenho visto milagres acontecerem nas coisas mais simples e rotineiras, o que me leva a notar que não foi a vida que mudou mas a minha percepção que foi ampliada. cada muralha que se forma diante de nós e que temos a força de derrubar, trás um pouco do nosso potencial a tona e mostra-nos o que somos capazes de realizar se quizermos. mas aí é que está o problema. quando essa muralha é criada por nós mesmos e é por nós alimentada se tornando mais espessa e firme, torna-se mais difícil conseguirmos destruí-la e é aí que somos tragados pelo deserto do nosso próprio ser. é aí que passamos a acreditar que não há mais tempo pra amar, lutar, sonhar, realizar, viver. é aí que passamos a nos contentar com o pouco, talvez com o nada e no fim é isso que irá restar: nada. devemos olhar o reflexo no espelho e ver quem podemos ser a diante. quem podemos nos tornar. devemos imaginar um mundo de possibilidades e acreditar que todas elas são palpáveis. você consegue ver?
imagem: girl at the mirror(Norman Rockwell)
